A Comissão Especial de Desenvolvimento Urbano (Cedurb) da Assembleia Legislativa da Bahia, presidida pela deputada estadual Maria del Carmen (PT), em conjunto com a Ação Social Arquidiocesana (ASA), presidida pelo padre José Carlos, realizaram nesta quinta-feira, 27, uma audiência pública de lançamento do 27º Grito dos Excluídos e das Excluídas. O evento foi transmitido nas redes sociais da TV Alba (@tvalba), no canal aberto 12.2 e NET 16.

O objetivo principal da audiência pública foi dar visibilidade estadual ao 27º Grito dos Excluídos e das Excluídas, edição que acontece tradicionalmente no dia 7 de Setembro. Neste ano, com o grito “A Vida em Primeiro Lugar” e o lema “Na Luta por Participação Popular, Saúde, Comida, Moradia, Trabalho e Renda, Já! ”.

“O grito de 2021 encontra o Brasil, pela segunda vez, em pandemia de covid-19, numa segunda onda de contaminação que vem se mostrando mais trágica que aquela vivida em 2020 e na iminência de uma terceira onda que pode ser ainda mais letal”, pontua a deputada estadual Maria del Carmen (PT).

O evento que originalmente toma as ruas, em mais uma edição, não poderá ser realizado presencialmente, o que não impede que as manifestações sejam feitas. “Mesmo diante de uma realidade tão desanimadora, não podemos esmorecer. A esperança, mais do que um sentimento, é um dever e deve ser convertida em energia e força para lutar. Lutar pela superação da crise sanitária, social e econômica que vivemos”, afirma a deputada Maria del Carmen (PT).

Mais de 100 pessoas participaram do evento virtual e puderam ouvir o grito de representantes de diversas entidades, como o SINDIPETRO, SINDAE, MST, ASA, Conselho Tutelar, Frente de Luta, Grupo Contra a Fome de Periperi, Pastoral da Terra e da Pesca, UMP-BA, CMP, GAMBÁ e Projeto Levanta-te e Ande.

O padre José Carlos, presidente da Ação Social Arquidiocesana (ASA), iniciou sua fala homenageando o padre Pinto, responsável por levar à frente o Grito dos Excluídos por meio da CNBB, antes da criação da ASA. “É preciso que nós entendamos que o grito não é o grito de alguns e sim o grito de todos aqueles que dentro da sociedade sofrem por séculos as injustiças, a opressão, o descaso e não tem sua dignidade respeitada”, disse.

Pauta importante para o desenvolvimento urbano, a luta pela moradia digna foi reivindicada durante a audiência pública. “Eu vim gritar por recursos para a habitação popular, pelos mais pobres que estão sendo jogados nas ruas por não terem condições de pagar o aluguel. Gritamos ainda por moradia digna, espaços de lazer e de equipamentos de renda”, protestou Helena Cerqueira, representando os movimentos de luta por moradia e a União de Moradia Popular.

A presidente da Comissão Especial de Desenvolvimento Urbano encerrou a audiência pedindo vacina para todos e auxílio emergencial de R$ 600,00, já!